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    Tudo em família: Bennets

    Oi, como vai você?

    Esse é o meu primeiro post então eu acho que preciso me apresentar. Eu sou Bia Albuquerque e vou começar a coluna ‘Tudo em família’ aqui com a Bia Vieira (nós duas temos um blog: Terapia do Livro) que vocês vão conhecer na próxima postagem. Ah, e nós duas temos o mesmo nome (Ana Beatriz), e sim, eu sei que vocês vão se confundir --‘.
    A coluna vai ser basicamente o seguinte; a cada 15 dias mais ou menos, eu e Bia iremos falar sobre famílias literárias que amamos. Bia Vieira é louca por Harry Potter então vocês podem esperar muita coisa relacionada, já eu amo a Jane Austen, e nada melhor do que falar sobre uma obra dela, né? Então para dar sorte logo no começo a primeira família é a Bennet!




    Orgulho e Preconceito gira em torno dos Bennets, uma família que consiste em um casal de classe média alta e suas cinco filhas. Todas. Mulheres. Isso não seria um problema se a história não se passasse na Inglaterra do séc. 19, onde as mulheres não tinha nenhuma voz. Apesar do Sr. e a Sra. Bennet viverem em sua propriedade, Longbourn, com uma relativa estabilidade econômica, o fato de o casal ter tido apenas filhas mulheres faz com que o direito a essa propriedade passe direto para o primo do Sr. Bennet, Sr. Collins, após sua morte. E por isso é assim que somos introduzidos à história: 

    “É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de esposa.”
    Essa é a primeira frase do livro e já deu pra pegar um pouco a atmosfera, né? A Sra. Bennet, sabendo que tanto ela como suas filhas ficariam desamparadas com a eventual morte de seu marido decidiu fazer do casamento de suas cinco filhas a razão da sua vida. E como ela não é boba nem nada, quanto mais rico melhor, né?
    Ela é definitivamente a mais cômica. É uma mulher pequena e atarracada que envergonha suas filhas sempre que abre a boca, ‘uma senhora de inteligência medíocre, pouca cultura e gênio instável’. Dramática, frívola, ansiosa e vítima de tremores e palpitações sempre que seus planos não ocorrem como o planejado, seu único a fazer é encontrar um bom partido para suas filhas, e claro, fofocar.
    Já o Sr. Bennet é o retrato da calma e indiferença. Culto e inteligente, ele não vê com bons olhos os ataques de sua esposa e por prezar a paz mais do que tudo tenta sempre se isolar em seu escritório. Fica aparente que seu relacionamento com suas duas filha mais velhas, principalmente Elizabeth, é muito mais profundo do que com sua esposa.
    Eu provavelmente vou morrer sem saber como esses dois acabaram juntos, e você pode até pensar ‘Ah, mas um vai complementar o outro e fica tudo bem, né?’ Não. O resultado desse casamento foi um pai displicente e indiferente à criação de suas filhas e uma mãe sem qualquer escrúpulo cuidando de tudo, casa e família, e a falha deles como pais acaba sendo a principal causa da total ausência de senso moral de Lydia e Kitty.


    As irmãs Bennet também são muito diferentes entre si, cada uma com uma personalidade distinta.


    Jane tem 23 anos e é a mais velha das cinco e é considerada a ‘moça mais bela de Hertfodshire’. Ela é o tipo de pessoa que ama tudo e todos (tipo a Xuxa, sabe?). É doce, delicada, tímida, sensível, e reservada quanto aos seus sentimentos. Basicamente o tipo de pessoa de quem eu duvido de cara (não dá pra se amar todo mundo!), mas Jane realmente ama! Ela simplesmente não consegue ver o lado ruim de ninguém, o que pode parecer fingimento se você não a conhecer bem.

    Elizabeth tem 21 anos e é a segunda mais velha e apesar de não ser tão bela quanto Jane, ainda é muito bonita. Ela ama ler, caminhar, é muito inteligente, sincera, gentil e tende a julgar as pessoas sem antes conhecelas (o livro originalmente iria se chamar ‘Primeiras impressões’).

    Mary é a irmã do meio e por isso tende a ficar sozinha. Não é fútil o suficiente para aturar as duas irmãs mais novas e é ‘excluída’ pelas mais velhas que são muito unidas. Ela é a menos bonita de todas e por isso se recusa a sair e interagir socialmente, evitando ser comparada às suas irmãs. Por isso ela dispensa o bordado e se dedica a se tornar a mais inteligente de todas e passa a maior parte do tempo lendo.

    Catherine, ou Kitty tem 17 anos e é a segunda mais nova. Seu comportamento é inspirado na irmã mais nova, de quem ela vive à sombra, apesar de ela não levar suas ações tão ao extremo como Lydia. Quando as duas são finalmente separadas a mudança de comportamento de Kitty é aparente, ela se torna menos irritável, ignorante e começa a criar sua própria personalidade.
    Lydia tem 15 anos e é a mais nova e mimada das cinco irmãs. Tem todos os seus pedidos e caprichos atendidos pela mãe, que tem quase o mesmo nível de futilidade, mas acho que Lydia consegue ter ainda menos escrúpulos (e acredite, isso é muito difícil). Ela controla totalmente sua irmã Kitty, apesar de ser mais nova e além de ser muito impulsiva não se arrepende de seus erros (na verdade acho que ela se quer sabe a dimençãos dos erros dela.

    Bom, assim concluímos o primeiro ‘Tudo em família’. Espero que tenham gostado :D