O Palácio da Meia-Noite - Carlos Zafón - Suma de Letras
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Carlos Ruiz Záfon,
Muito bom,
Quatro Estrelas,
Recomendo,
Suma de Letras
Ben e Sheere são irmãos gêmeos cujos caminhos se separaram logo após o nascimento: ele passou a infância num orfanato, enquanto ela seguiu uma vida errante junto à avó, Aryami Bosé. Os dois se reencontram quando estão prestes a completar 16 anos. Junto com o grupo Chowbar Society, formado por Ben e outros seis órfãos e que se reúnem no Palácio da Meia-Noite, Ben e Sheere embarcam numa arriscada investigação para solucionar o mistério de sua trágica história. Uma idosa lhes fala do passado: um terrível acidente numa estação ferroviária, um pássaro de fogo e a maldição que ameaça destruí-los. Os meninos acabam chegando até as ruínas da velha estação ferroviária de Jheeter’s Gate, onde enfrentam o temível pássaro de fogo.
Preparem-se para ler uma história cheia de mistério,
aventuras e amizade. Záfon nos presenteou com um belo livro que vai prender o
leitor do início ao fim e ainda enganá-lo durante a leitura. Quando você pensa
que já desvendou tudo, você descobre coisas que nem poderia imaginar. Na nota inicial
o autor fala que este livro foi escrito no início de sua carreira e por isso
poderia ser inferior aos outros, mas eu discordo completamente e acho que
talento que é talento existe sempre, ele só vai amadurecendo aos poucos...
O Palácio da Meia-Noite faz parte da Trilogia da Névoa do autor e isso me deixou bem agoniada, porque fiquei procurando
relação com o livro O príncipe das névoas
que foi lançado meses antes deste. A minha memória não é das melhoras, mas
a única coisa que achei de parecido foi o espírito maligno que rapta crianças.
Quem já tiver lido os dois, por favor, me dê uma luz!
O diferencial do livro está na amizade entre os órfãos que
rendeu um clube chamado Chowbar Society. O grupo se reúne há anos no Palácio da
Meia-Noite para contar histórias de terror e passar um tempo juntos aprontando.
Cada jovem tem uma personalidade diferente e com isso eles vão superando a
carência e as dificuldades de morar em um Orfanato.
Os nomes dos personagens são bem autênticos e diferentes do
comum. Acredito que o autor pesquisou nomes de pessoas que moram em Calcutá,
local onde acontece a história. Isobel, Sraj, Seth, Sheere, Aryami são alguns desses nomes que dão um ar de
suspense a história e com certeza a torna inesquecível. Além dos nomes, achei
muito interessante o formato da história, narrado ora por Ian, ora por um
narrador onisciente. Só fiquei um pouco triste com o final. Queria algo mais
chocante e mais sangue!
A história é ótima para o adolescente que já lê com certa frequência
e está buscando novas leituras para se aventurar. A linguagem é um pouco formal
e por isso pode desagradar os leitores iniciantes, ou não! Os adolescentes nos
surpreendem, então dê esse livro de presente para o seu filho e o deixe viajar para
a cidade de Calcutá.
O detalhe do ambiente e da cidade também chamaram muito a
minha atenção e tornaram a história mais rica, além de não travar a leitura,
pelo contrário, li bem rápido e curti todos os momentos. Recomendo o livro!