Tudo em família | Os Spier
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Tudo em Família
Como já devem ter percebido a essa altura, estou obcecada com Simon vs a agenda Homo Sapiens. Não consigo parar de voltar ao livro pra ler meus trechos favoritos e ficar remoendo a história em minha cabeça. O livro é tão gostoso de ler, tão divertido e com personagens tão cativantes que ainda não consegui o deixar completamente de lado. Por isso, vocês verão ao menos mais um post sobre ele por aqui, quem sabe assim consigo convencê-los a ler o livro, hahaha.
No post de hoje, falarei um pouco sobre a família de Simon, que de certa maneira acabou me lembrando minha própria família e deixou a história um tanto mais aconchegante e com aquele sentimento de familiaridade tão bom.
Os pais de Simon são os mais engraçados possíveis. A mãe dele é psicóloga, então tem sempre aquela coisa de resolver tudo na conversa. É interessante que ela sempre quer ouvir o que aconteceu no dia dos filhos, como foi determinada festa ou o quanto fica animada quanto Simon namora, ou quando tem qualquer coisa nova sobre ele. Isso me lembra muito minha própria mãe, que conversa sobre qualquer coisa comigo e qualquer novidade é motivo de festa. Para Simon, isso pode ser inconveniente às vezes, mas com o tempo ele percebe que é preocupação natural de mãe.
"- Temos uma coisa para você.
- É mais uma anedota sobre amamentação?
- Ah, meu Deus, você adorava os peitos dela - diz meu pai. - Não acredito que virou gay.
- Hilário, pai.
- Eu sei que sou."
O pai de Simon é daqueles que adora piadinhas, que zoa com a cara dos próprios filhos, que implica, mas que na hora de falar sério ele vai e cumpre seu papel. Ele não é daqueles homens que tem problema em demonstrar os sentimentos, pelo contrário, deixa muito claro o amor que sente pelos filhos, ou pelo menos eu consegui sentir isso muito bem.
Nora e Alice são as duas irmãs de Simon e não poderiam ser mais diferentes. A primeira é a mais nova, introvertida, na dela, mas o interior surpreende. Alice é a mais velha, que já está na faculdade e que eu senti ser mais próxima de Simon. É daquelas irmãs que acobertam, que implicam, aliás a relação dos três é desse jeito, cheia de uma implicância cúmplice, onde fica nítido o amor e o carinho que nutrem um pelo outro. Entre os três conseguimos ver uma aura de companheirismo e cumplicidade, mesmo em meio as diferenças, que é gratificante.
"Afinal, minha família é assim. Tudo é segredo porque tudo é motivo para um estardalhaço. Tudo é como sair do armário."
A família Spier foi uma das mais reais que pude ver retratadas na literatura. Com sues problemas, seus estardalhaços, suas bagunças, seus momentos constrangedores e falaçadas, eles construíram uma família unida, companheira que aceita a todos de braços abertos. Amei a forma como a autora mostrou a importância do relacionamento entre eles pro Simon, como a opinião de seus familiares importava pra ele, e como os momentos de descontração junto da família eram essenciais, embora nem sempre ele percebesse.
Foi gratificante ter "conhecido" os Spier e ter tido a oportunidade de ver uma autora retratar tão bem as relações familiares e como elas são importantes, ainda mais no momento da vida que Simon se encontra - o de auto descoberta e aceitação.
Espero que tenham gostado desse post! Me contem aí nos comentários o que acharam da família Spier, se pretendem ou não ler o livro.. vou adorar saber!
Beijos,