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    Como Falar com Garotas em Festas

    "– Vai ser a mesma coisa de sempre – falei. – Depois de uma hora você vai estar em algum canto dando uns amassos com a menina mais gata da festa, e eu vou ficar na cozinha ouvindo a mãe de alguém falar de política ou poesia ou outro assunto qualquer."
    Falou de livro novo do Gaiman, eu já estou com o dinheiro na mão para comprar. E desta vez não foi diferente. Desde que a Companhia das Letras anunciou a publicação de uma adaptação de um conto do autor, eu fiquei ansiosa para tê-la em mãos. Logo que saiu tratei de ler e já vou adiantar que a decepção passou bem longe.

    Como Falar com Garotas em Festas foi publicado em 2006 apenas como conto que apresenta ao leitor os jovens Enn e Vic, na Londres dos anos 70. Ao serem convidados para um festa, eles acabam conhecendo garotas misteriosas que apresentam-lhes a um universo que nenhum garoto esperar conhecer ou entender.

    Apesar de ser uma história curta, que se desenvolve em um piscar de olhos, o plot é bem complexo e cheio de camadas. Para quem pretende investir na leitura vale ressaltar que o autor não entrega nada de forma mastigada e literal. É preciso estar atento a leitura, pensar e interpretar aquilo que foi entregue.

    A princípio a história parece bastante confusa, mas ao longo da leitura todo o enredo faz sentido e a mensagem do autor fica clara. Assim a ideia é mostrar a visão de um garoto sobre o universo feminino, levantando questões sobre amadurecimento.

    O trabalho de adaptação e ilustração feito pelos gêmeos, Fábio Moon e Gabriel Bá, é uma obra a parte. O traço é lindo e a pintura em aquarela é cheia de vida e dá o tom certo aos diferentes climas da estória.

    Encontrei o que já esperava. Uma construção de personagens e cenas muito bem resolvidas.

    Como comentei a princípio, essa graphic novel não me decepcionou em nada. Foi uma leitura divertidíssima que eu recomendo para todos que procuram uma leitura rápida, mas que possui uma complexidade ímpar.

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