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    21
    jul
    2018

    Aos dezessete anos - Ava Dellaira

    “Em seu novo romance arrebatador, a autora de Cartas de amor aos mortos apresenta uma mãe e uma filha que precisam compreender o passado para poder seguir em frente.”
    Quando tinha dezessete anos, Marilyn viveu um amor intenso, mas acabou seguindo seu próprio caminho e criando uma filha sozinha. Angie, por sua vez, é mestiça e sempre quis saber mais sobre a família do pai e sua ascendência negra, mas tudo o que sua mãe contou foi que ele morreu num acidente de carro antes de ela nascer.

    Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.



    Quem aí conheceu a Ava Dellaira por “Cartas de amor aos mortos” e A-M-O-U o livro? Pois bem, quando vi que a Seguinte lançaria outro livro dela fiquei animadíssima.

    Em “Aos dezessete anos” (In search of us), Ava nos conta duas histórias em paralelo. De um lado a história de Marilyn, uma adolescente que vive em L.A e está em busca de liberdade para correr atrás dos próprios sonhos.

    De outro, Angie, que nunca conheceu o pai e por viver só com a mãe tem a sensação de que precisa encaixar as peças que faltam na sua história para entender seu lugar no mundo.



    Ambas histórias são contadas quando as duas tinham 17 anos, e com o desenrolar dos fatos vamos descobrindo todos os pontos que interligam Marilyn e Angie, e o desenrolar da história é surpreendente.

    Ava contextualiza muito bem cada história, e utiliza diversos elementos para dar personalidade a cada um dos enredos, como ambientar cenas com músicas - o que dá vontade de pausar a leitura para escutar cada uma.


    A escrita da autora é delicada, porém em termos de atmosfera da história, “Aos dezessete anos” segue por uma linha completamente diferente de “Cartas de amor aos mortos”, por isso cabe ressaltar: não comece a leitura esperando por uma história similar.

    Eu confesso que esperava mais do livro. Acreditava que seria arrebatada por cada página, como fui em “Cartas de amor aos mortos”, porém isso não aconteceu. A história tem todos os elementos para ser um best-seller, tem boa contextualização, tem drama, tem emoção, porém senti falta de alguma novidade.

    Tirando alguns pontos da história, que são originais e dão tempero ao enredo, o resto é um grande e bonito clichê.



    A história é contada em 3ª pessoa, ora narrando a vida de Angie, ora de Marilyn, e a marcação da alternância entre essas narrações é feita de maneira sutil, ao ponto que depois de certo tempo lendo você se pega não notando aquela separação.

    Em vários momentos fiquei confusa sobre qual era a história que estava sendo narrada, e acredito que uma melhora na diagramação poderia ter sanado esse “problema”.

    Marilyn vive com a mãe, que acredita no sonho de que a filha vai ser uma atriz famosa e que todos os problemas delas serão solucionados. Marilyn, por outro lado, não compartilha do sonho da mãe e mal pode esperar para ir para a faculdade. Enquanto essa hora não chega, ela precisa lidar com mudanças repentinas, com as altas expectativas da mãe, e como se não bastasse, precisa conviver com um tio alcoólatra.

    É quando ela conhece James, e os dias cinzentos passam a ganhar novas cores. A paixão que Marilyn tem pela fotografia ganha impulso e seus sonhos parecem mais alimentados do que nunca.

    Angie vive com a sua mãe, que todo mundo sempre adorou. As duas sempre se divertiram muito juntas, e Angie se considerava sortuda por ter uma mãe tão legal. Mas a garota sentia falta de partes da sua história, de saber mais sobre sua família. Contudo, esse foi um assunto que a mãe sempre evitou, e quando Angie insistia em perguntar, a mãe caía no choro.

    Até que Angie encontra uma lembrança do pai e resolve sair em busca da sua história. Nem que para isso precise correr o risco de estremecer a relação com a mãe.


    “Aos dezessete anos” é uma história dupla sobre encarar desafios, aceitar o passado e construir um futuro junto com todos que fazem seu coração bater mais feliz. É uma história sobre perdão e sobre amor: amor de filho, amor de neto, amor de vó, amor romântico, amor pelos sonhos…

    Classificação:



    Quem aí já leu “Aos dezessete anos”? Me conta aqui nos comentários se você curtiu o livro e o que achou da resenha :D

    Beijocas!