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    13
    jul
    2018

    Eu vi: Os incríveis 2


    Ir ao cinema prestigiar Os incríveis 2 pode trazer sentimentos um tanto quanto nostálgicos ao telespectador. Principalmente para aqueles que, como eu, esperaram 14 anos por esse sequência e estão em uma fase completamente diferente da vida (eu tinha 8 anos no primeiro filme!!) - o que muda totalmente a nossa visão do filme. O longa deixa de ser apenas um filme divertido de heróis para ser um filme que reflete os dilemas da vida adulta. 

    O filme traz meio que uma inversão de papéis. O heróis, proibidos de serem quem são e agirem como tal, lutam para poderem exercer seu papel de heróis sem quebrar a lei para isso e a escolhida da vez para as aventuras que vão dar voz à isso é a Mulher elástica. Com a ajuda de dois irmãos milionários (os Deavor), Helena vai ter que deixar sua família um pouco de lado para se dedicar ao trabalho de heroína, que no momento conta com mudar a imagem pública dos heróis, ganhando a confiança da população mostrando os benefícios dos heróis, lutando contra o Hipnotizador que surge como vilão do longa.

    Por outro lado, Beto é deixado com as tarefas domésticas como cuidar 24h por dia do hiperativo Zezé, lidar com a vida amorosa de Violeta e ajudar na lição de casa de Flecha. Enquanto Helena lida com o fato de que as coisas em casa vão ter que seguir sem ela, Beto tem que se virar pra dar conta das inúmeras tarefas domésticas que ele achava que seriam simples mas que o deixam de cabelo em pé.


    O diretor coloca em pauta a importância do equilíbrio, do trabalho em equipe, de dividir as tarefas para que todo mundo consiga ter as partes boas e ruins do convívio em família. Ele aborda o ponto chave dos relacionamentos que é compreender o lado do outro e estar ali para ajudar de maneira que o fardo não fique pesado pra ninguém. De fato, o trabalho em equipe é o que traz sucesso.

    Ao mesmo tempo em que mostra essas reflexões tão "adultas", o filme é uma diversão só conforme o diretor brinca com as habilidades especiais dos personagens em cena. Em especial Zezé, que está começando a desenvolver seus poderes e mostra dezenas de habilidades diferentes em cena. Sua luta com um guaxinim é uma das cenas mais engraçadas do filme - e não é sem propósito, por mais simples que pareça ser. Além dele, Edna é outra personagem que rouba a cena com sua fascinação por Zezé e o modo como "treina" ele.


    O acerto do filme é justamente o equilíbrio entre o roteiro reflexivo e o bom humor mostrado nas telas. Um complementa o outro, de maneira que não houve a necessidade de cenas gratuitas apenas com a finalidade de deixar o filme mais engraçadinho ou mais profundo. Isso acontece naturalmente conforme o roteiro avança.


    Em suma, Os incríveis 2 veio para superar seu antecessor, trazendo o que deu certo no primeiro e somando elementos novos que deixaram tudo ainda melhor. É aquele tipo de filme que diverte as crianças e entretém os adultos se tornando imperdível. 

    Beijos,