05
jul
2018
O Dueto Sombrio
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Editora Seguinte,
Resenha,
Victoria Schwab
Em O Dueto Sombrio, livro que encerra a duologia Monstros da Violência, acompanhamos Kate e August seis meses após os acontecimentos de A Melodia Feroz.
August tornou-se o sunai que mais temia e assumiu a luta contra os monstros em Veracidade, ao lado de seu esquadrão. Kate partiu para Prosperidade e transformou-se em uma caçadora, usando seu tempo para combater todas as criaturas que surgem na cidade.
Em uma de suas caçadas, Kate encontra um novo monstro, muito mais poderoso que qualquer um que já tenha visto, capaz de fazer com que suas vítimas sejam violentas. Alimentando-se do caos, dos atos violentos que induz. A caçada a essa nova criatura leva Kate até Veracidade, obrigando a nossa protagonista a revisitar seus passado e ter que encarar os monstros que a aguardam por lá.
Não vou mentir, tive um pouco de receio ao pegar esse livro, mas tudo porque a experiência de leitura do primeiro foi tão incrível que eu estava morrendo de medo de me decepcionar ou de sofrer com o termino. No final das contas, a experiência foi muito melhor do que eu esperava, apartir do momento que consegui retomar o enredo, a leitura aconteceu muito rápido. Em dois dias já tinha terminado livro, pois o enredo se desenvolve de forma imersiva. A autora consegue repetir a mesma fórmula que aparece em A Melodia Feroz, onde deixa o leitor tão imerso em tudo que está acontecendo, tão apaixonado pelos personagens, que mesmo sendo quatro horas da manhã tudo o que você quer é saber como tal situação vai se desenrolar.
Aqui Kate e August estão muito mais maduros, apesar de alguns conflitos pessoais continuarem os mesmos, sendo eles, a questão da identidade. Essa maturidade dá ao leitor a sensação de estar acompanhando os protagonistas há muito mais tempo ou livros.
Nessa continuação não tem muito o que acrescentar. Schwab mantém seu estilo de escrita, trazendo uma linguagem linda e poética que te carrega até o final da história com muita fluidez.
O único ponto negativo do livro é o final. A conclusão dos vilões foi um tanto fraca, para quem criou expectativas de algo épico desde o princípio. Ainda assim, fui surpreendida com o caminho escolhido para algumas das personagens, eu achei que tinha sofrido horrores com a conclusão do primeiro livro, mas o desfecho como um todo acabou comigo de uma forma que eu não imaginava. No final, eu só conseguia olhar para o nada, impactada, sem espressar reação nenhuma, mas chorando por dentro. haha!
Essa é uma daquelas histórias que te faz lembrar da parte mais bonita que é ser leitor, onde você se desprende da realidade e vive uma história plenamente, onde você chora alguns momentos e ri alto em outros -e passa até uma vergonha se isso acontece no transporte público- , se apega aos personagens, aprende coisas importantes sobre a vida em frases cativantes e no final chora mais ainda porque precisa deixar de viver naquele universo. E esse universo eu recomendo à todos!
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