01
nov
2018
A Pequena Caixa de Gwendy
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Suma
O recente lançamento da editora Suma, como era de se esperar, é do mestre Stephen King - e não é nenhuma novidade que eu vá escrever a respeito - em coautoria com Richard Chizmar. A Pequena Caixa de Gwendy tem uma história tão aconchegante que seu físico parece feito para combinar com qualquer um dos parágrafos escritos pelos dois autores. Em capa dura com uma ilustração enigmática, as páginas também recebem detalhes e ainda, o livro acompanha desenhos de momentos únicos da trama.
E assim voltamos à Castle Rock, e quem é fã do mestre já está bem familiarizado com esta cidade. Desta vez, com eventos únicos e inéditos. As 167 páginas me permitiram uma leitura momentânea de apenas dois dias, só pra você, espectador, ter a certeza de que o livro é excelente (ou talvez, muito curto).
Tudo se inicia quando uma pequena e gorducha garota de 12 anos é abordada por um estranho em um parque. Pelo cenário e pela reputação em terror de King, logo esperamos que algo bem ruim aconteça à Gwendy. Entretanto, ocorre o contrário. Esse estranho de chapéu e terno preto - numa tarde calorosa por sinal - na verdade é bem simpático e se apresenta como Richard Farris. Ele entrega para Gwendy uma caixa de botões coloridos e diz que eles têm poderes mágicos.
Mais detalhes entregariam muitas coisas da história que já é bem escassa. Aliás, esse é seu maior defeito. É curta demais para uma premissa tão boa. Quem espera um grande background pode se decepcionar com esse fato, mas ainda irá se surpreender com o desenvolvimento da protagonista e ainda, com os diálogos muito bem elaborados. E quem gosta de histórias rasas, esse livro é ideal.
O enredo é de fato, instigante. Tanto nós quanto Gwendy queremos saber das coisas que os botões são capazes de fazer, e isso ensina muito sobre consequência, sendo a mensagem final do livro, que não tem nenhum tipo de terror apesar de ser ambientado em Castle Rock, o que o torna de certa forma, curioso. A leitura fluída e leve o faz parecer um conto, ou uma novela, e Stephen King é tão bom nisso quanto em calhamaços de 1000 páginas ou mais. Quais palavras seriam melhor para descrevê-lo? Vou ficar apenas com uma, perfeito.
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