12
nov
2018
Uma Coisa Absolutamente Fantástica
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Editora Seguinte,
Hank Green,
Resenha
Quando a Seguinte anunciou a publicação do primeiro romance do Hank Green, eu fiquei eufórica. Como acompanho o trabalho do John Green há muito tempo, estava com as expectativas no infinito e além (haha!), porque sabia que coisa boa podia sair dali. E não é que mesmo assim as minhas expectativas foram superadas?
Imagine acordar e descobrir que você é o novo viral do youtube. Doidera, não? Mas foi o que aconteceu com April. Voltando do trabalho na madrugada da noite anterior, ela esbarrou com um robô gigante abandonado na calçada.
Acreditando que trata-se de uma estátua feita por algum artista, ela chama seu amigo Andy para gravar um vídeo mostrando para o maior número pessoas esse trabalho incrível. O que ela não sabe, é que Carl (nome que April dá ao robô durante a gravação) surgiu misteriosamente. Não só em Nova Iork, mas em grandes cidades do mundo inteiro.
Da noite para o dia, April acaba envolvida com um grande mistério que envolve o mundo todo. Onde a situação é bem mais complicada do que parece.
Como disse, Uma Coisa Absolutamente Fantástica foi uma surpresa enorme. Hank apresenta uma história diferente de tudo que já encontrei nos livros jovem-adulto, misturando ficção científica com o universo dos criadores de conteúdo para a internet. Algo que para quem conhece a dupla de irmãos Green, é assunto de casa.
A história tem um tom de suspense, em relação ao porquê do surgimento dos robôs mundo a fora. Isso me prendeu a leitura até a última página, pois apesar de algumas poucas teorias, eu não tinha ideia da razão para aquilo tudo estar acontecendo. O desfecho escolhido pelo autor é um tanto simples, confesso! Talvez caberia uma justificativa mais mirabolante, mas ainda assim, é bem satisfatória.
As personagens são reais. Hank traz para a narrativa, personagens que são tão verosímeis que poderiam ser um colega seu da faculdade, ou um amigo de longa data. Cada um tem sua personalidade, seu jeito de agir em situação mais ou menos tensas. As vezes você tem vontade de bater, outras nem tanto. Isso torna a história palpável de modo que é difícil não se projetar e sentir-se parte daquilo.
Você quer representatividade @? Então, toma! Pois em Uma Coisa Absolutamente Fantástica temos uma protagonista bisexual.
O livro é repleto de referências, um ponto que eu gosto bastante nos livro do John e que aparece no do Hank também. Além de trazer assuntos científicos, que é o tipo de conteúdo que ele costuma produzir na internet, ele carrega o livro referências musicais, de design, mídia, YouTube e etc.
A narrativa é até certo ponto muito simples, mas quando você absorve a história e interpreta o conteúdo com um olhar mais crítico, percebe que é de uma profundidade enorme. Acredito que peguei timing certo para realizar essa leitura, porque fiquei assombrada com o quanto ele conversa com a realidade brasileira atual.
O que eu posso dizer desse livro além de que é uma coisa absolutamente fantástica?Essa é uma daquelas histórias que você não acha que precisa até estar com ela entre as mãos, eufórica, (chorando um pouco) e pensando: "eu precisava ler isso!"
Vocês precisam ler este livro!
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