21
set
2012
Gregor e as Marcas Secretas - Suzanne Collins
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Suzanne Collins
Spoiler para quem não leu os livros anteriores.
Toda vez que olhava para a cadeira vazia na mesa da cozinha, Gregor sentia que faltava alguma coisa. A vida do menino mudara bastante desde a última aventura. Sua mãe ainda estava no Subterrâneo, sob os cuidados do povo de Regália, recuperando-se da peste. A senhora Cormaci agora sabia de toda a história e cuidava de sua família e a irmã do meio, Lizzie, estava de partida para uma colônia de férias. Ela era a única que ainda não tivera qualquer contato com o Subeterrâneo e não fazia ideia que Gregor fazia visitas constantes à mãe e muito menos que nosso guerreiro e Boots estavam de partida para lá.
"Era irônico pensar que o Subterrâneo, que sempre fora um lugar para se temer, tivesse se tornado um lugar para passar o verão." Página 10
Pela primeira vez a ida ao Subterrâneo acontece de forma natural para Gregor, e não por cair em algum buraco de ventilação ou ser enganado por Ripred. Gregor estava viajando para rever os amigos, passar algum tempo com a mãe e participar da festa de aniversário de Hazard.
O que parecia uma visita inofensiva, no entanto, acaba virando uma grande aventura. A rainha Luxa, durante sua estada na selva, fez amizade com os mordiscadores e jurou ajudá-los caso fosse necessário, bastava que fizessem sua coroa chegar de volta até ela. E foi exatamente isso que ocorreu durante a festa. Esse era o sinal que alguma coisa estava muito errada. Luxa devia a vida aos mordiscadores e não poderia deixar de apurar o que estava se passando. Ela, Gregor, Howard, Boots e os outros, saem, então, em busca de pistas dos mordiscadores desaparecidos.
Gregor e as Marcas Secretas é o quarto volume da aclamada série As Crônicas do Subterrâneo. Pela primeira vez, nossos aventureiros não estão cumprindo uma profecia, apesar de haver uma sendo mencionada todo o tempo. Gregor está, na realidade, vivendo os acontecimentos que antecedem essa profecia. Suzanne Collins acertou em cheio quando deu uma "quebrada" nesse ritmo, conferindo certo dinamismo à história.
A narrativa segue a linha dos volumes anteriores, e o desenrolar da história mantém aquela fluidez típica dos livros da autora. Os personagens são tão bem construídos e tão reais que, as vezes, quase esqueço que trata-se de um livro com ratos, baratas, morcegos gigantes e outros seres fantasiosos.
Não posso deixar de comentar que Suzanne tem um estilo muito realístico no que escreve, mesmo tratando-se de uma fantasia. Ela não tem pena de colocar seus personagens em situações absurdamente complicadas e, ouso dizer, que até gosta de fazer chorar seus leitores toda vez que tira a vida de alguém.
Fiquei tão encantada com essa série que, quando meu quarto volume chegou, larguei absolutamente tudo o que estava lendo - ou pretendendo ler - e corri para dar início à minha leitura. Como já disse anteriormente, é impossível largar qualquer livro dessa série enquanto não se chega à última palavra. E nesse, em especial, Suzanne acaba com o leitor. Ao contrário dos demais, o final é totalmente aberto, e ocorre exatamente no clímax. Sim, isso mesmo. Suzanne corta a história e deixa o leitor com aquela vontade de esganá-la e desejando loucamente o quinto - e último volume - para saber como termina essa aventura.

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