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    14
    jul
    2015

    Outlander, o resgate no mar - Diana Gabaldon

    "-Eu a tenho visto tantas vezes - disse ele, a voz sussurrante e morna em meu ouvido. - Você veio a mim tantas vezes. Em sonhos, às vezes. Quando estava delirante de febre. Quando estava com tanto medo e tão sozinho que achava que ia morrer. Quando eu precisava de você , eu sempre a via, sorrindo, com seus cabelos cacheados em volta do rosto. Mas você nunca falou comigo. Nem nunca me tocou."
    Atenção! Essa resenha contém spoilers do 1º e 2º livros!
    Vinte anos se passara, e tanto Claire quanto Jamie seguiram sua vida, e passaram por "poucas e boas" pra chegar onde chegaram. Dando continuidade a Outlander, a libélula no âmbar, Diana dessa vez nos conta como foi esse período de vinte anos que os protagonistas passaram separados, cada um sofrendo à sua maneira. 

    O livro é basicamente dividido em dois tempos: o que acontece com Jamie na batalha de Culloden e após ela, e o que acontece com Claire e sua filha estando casada com Frank e após a morte dele. Ou seja, 200 anos antes e o atual. Antes de tudo, devo dizer como me senti angustiada quando, no segundo livro, Claire foi obrigada a deixar Jamie para morrer e voltar a seu tempo para ter sua filha em segurança. Isso acabou com meu coração, e ver a perspectiva dela vinte anos depois, com a filha já crescida me deixou com receio de por onde a autora ia levar essa história, mas confesso que essa continuação me agradou muito. 

    Jamie sofreu muito durante a guerra, e, como qualquer guerra, esta deixou suas marcas profundas nele, tanto física como emocionalmente. E isso foi tipo um ápice pra mim, finalmente saber o que aconteceu com o Jamie e por tudo que ele teve que passar, e meu Deus, o homem sofreu demais! Foram muitas perdas, mortes, traições e ainda o peso de não saber se Claire e sua filha tinham ou não sobrevivido à viagem no tempo. 

    Por outro lado, todas essas "provas" que ele teve que passar deram-lhe muito mais maturidade, tornaram-o um Jamie muito diferente do que estamos acostumados, mesmo que ainda carregue algumas de suas características marcantes. Ele se tronou um homem mais endurecido e marcado pelo tempo e pelas diversas situações a que foi submetido. Ele não é mais tão ingênuo como era, e sim muito mais maduro. 


    Na outra ponta temos Claire, que levou uma vida bem mais tranquila que a dele, embora não mais fácil. Ela teve a segurança de estar casada com Frank, que criou sua filha como se fosse dele, e foi um bom homem - embora eu não consiga gostar dele de maneira alguma. E agora, após sua morte e ter revelado toda a verdade a Brianna, Claire está em sua busca por Jamie, por saber se ele saiu vivo da guerra.

    O livro conta a vida dos personagens em realidades completamente diferentes, em um universo paralelo, mas que, mesmo após vinte anos, ainda têm uma conexão entre si, ainda caminham juntos, mesmo distantes. Toda essa trajetória de anos separados foi muito bem explicada, e essencial para a construção dos personagens e da história. 

    Mais uma vez, Diana foi capaz de nos arrebatar a cada página, com sua cuidadosa pesquisa e descrição histórica dos fatos, mesclados com a vida fictícia de Jamie e Claire. Sem falar na carga emocional intensa que esse livro carrega, capaz de nos dar raiva por tudo que os personagens passaram, angústia por todo sofrimento deles e alegria quando tudo parece caminhar na direção certa.

    Esse livro, assim como os outros da série, é sensacional. Mais dinâmico que o segundo e com as mesmas características que tanto me agradaram em ambos os livros anteriores. Não tem como resistir a Jamie e Claire, e à empatia que eles despertam no leitos. Ficamos ávidos a cada página por mais deles, mais de sua história, mais da Irlanda! Fico cada vez mais apaixonada por essa série, e mal posso esperar pela Parte 2 desse livro!

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    Beijos,