06
out
2018
Outsider
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Publicado pela Suma aqui nas nossas terrinhas brasileiras, mais um dos últimos títulos do mestre ganha sua forma em cerca de 519 páginas. A capa chama atenção por mostrar o que parece ser uma espécie de criatura ou um homem estranho. E já na sinopse vem o interesse imediato, pra quem ama assassinatos ou mistério, Outsider é um prato cheio. É cheio de ganchos para que você parta de capítulo para capítulo como um bom livro policial, e a minha única justificativa para demorar a terminá-lo foi a famigerada correria do dia dia, mas cada parágrafo valeu muito a pena.
Numa cidade pacata (como de praxe) um menino de 11 anos é assassinado e o maior suspeito é o seu treinador e professor de time de baiseball. As evidências apontam exclusivamente para ele, DNA e testemunhas oculares, o que vai tornando a história intrigante é o fato do Treinador T ter um álibi a seu favor, então como ele poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo? Como ele poderia ter provas concretas contra provas concretas?
Cheio de personagens para confundir sua cabeça, Stephen King não poupa detalhes, dos mais cruéis, inclusive. O autor não é meu favorito à toa, pois em seu novo livro ele também fez questão de por em prática o maior de seus dons, o bom e velho terror. O que me lembrou muito também sua primeira publicação, Carrie, a Estranha, já que ambos mesclam depoimentos dos moradores da cidade. Escrita impecável e invejável.
Em contrapartida, King foi menos prolixo, o que pra mim foi um ponto extremamente positivo, já que ele carrega essa fama de "encher linguiça". Além de que, ele traz a tona o sobrenatural, convicto de que o mesmo possa existir. Outsider já tem o seus direitos de adaptação vendidos para os mesmos produtores de A Torre Negra, o que pode causar preocupação em um fã ávido como eu, mas pelo contexto da história, ainda há como esperar coisa boa.
Um grande livro, de um grande autor, uma vez mais. Excelente.
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