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    14
    out
    2018

    Castle Rock - O universo de King em uma série de Tv


    No final do mês de Julho, o serviço de streaming Hulu lançou a série Castle Rock, baseada nas obras de Stephen King. Onde cada temporada pretende contar histórias diferentes, com personagens diferentes, estilo American Horror Story e Black Mirror.

    Na primeia temporada de Castle Rock, somos aprensentados a cidadezinha no Maine que dá nome a série, onde acompanhamos dois personagens importantes para a trama. Henry Deaver (André Holland), um advogado que se dedica a casos de corredor da morte; e um garoto (Bill Skargärd), que foi encontrado enjaulado em uma ala abandonada da prisão de Shawshank.

    Quando o diretor da prisão (Terry O'Quinn) comete suicídio, o garoto é encontrado. Assim, descobrimos que ele o mantinha preso por acreditar que o rapaz é o Mal encarnado, responsável pela quantidade anormal de atrocidades que acontecem na cidade. No momento em essa história chega aos ouvindos de Henry, ele decide voltar a sua cidade natal para ajudar esse garoto sem nome. Porém, Castle Rock é o lugar onde estão todos os fantasmas de sua infância e é nesse retorno que ele terá de lidar com todas as questões que ainda lhe perturbam.


    Claro, que nesse momento todos ficamos apreensivos. Será que vão acertar nessa série? Ou será que vão concluir a história? -Até hoje não superei o cancelamento de The Mist-. Apesar de não ser uma adaptação de uma obra específica, fica a duvida se a mesma consegue trazer elementos característicos sem se perder, ou mostrar algo igual ao que já existe.

    Ao iniciar a série, essa apreensão some. Castle Rock entrega aquilo que se propõe, um passeio pelo universo do King, com vários easter eggs, sem se prender a uma história específica. 

    Aqui encontramos a essência das obras do King, o terror. Não só o terror do sobrenatural, mas o terror e o questionamento da maldade humana. Vemos até que ponto uma pessoa pode ser cruel se tiver um empurrãozinho. Esse foi um ponto positivo que se apresenta logo de cara.


    Outro ponto a favor são as atuações. Bill Skarsgard dá um show e nos lembra o quão assustador ele consegue ser. Dessa vez sem dizer uma fala se quer, apenas com aquele olhar que já conhecemos por conta do seu papel em It A Coisa, como Pennywise. Além dos outros atores, que fizeram boas atuações vale um destaque para Sissy Spacek, que interpreta Ruth. Em um episódio dedicado a experienciarmos a vida da personagem com Alzheimer, vemos a capacidade de atuação que sla tem.

    A equipe não polpou referências. Encontramos um pouco das obras do King  em todos os lugares, o que torna a experiência bem mais divertida. Esses easter eggs em nada influenciam no enredo, funcionam apenas como um "onde está o Ollie?" para os fãs dos livros ou para quem já viu as outras adaptações.

    Logo na abertura vemos referências a Cujo, Misery e It. Uma das personagens se chama Jackie Torrance, em referência ao protagonista de O Iluminado. A prisão de Shawshank que aparece tanto em Um Sonho de Liberdade, como em outras obras do autor. Atores que fizeram parte de outras adaptações, como: Sissy Spacek, que viveu a primeira Carrie; Frances Coroy, de The Mist; e o próprio Skarsgard, dão vida a novos personagens nessa série. Assim como tantas outras referências que vocês podem descobrir assistindo.

    O único ponto negativo -nada surpreendente para muito-, é que o final deixa um pouco a desejar. A forma como tudo se encerra é muito fraca e em nada supera todo clima e mistério que é construído nos episódios anteriores. Ainda assim, a série se banca pela dúvida que te sufoca até o último episódio. 

    Se ainda não viu, vale a maratona!