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    16
    ago
    2017

    A Rainha de Tearling


    Lançado no Brasil pela Suma de Letras, A Rainha de Tearling é apresentada como uma distopia fantástica com uma pegada medieval.

    Sendo narrado na terceira pessoas, a história que vamos acompanhar mostra o que acontece no Tearling através do olhar de vários personagens, mas principalmente pelos olhos de Kelsea.

    Descrita audaciosamente na capa como: "a heroína mais corajosa e interessante desde Katniss Everdeen", Kelsea foi criada desde cedo longe do reino, das intrigas políticas e dos assassínos, pois sendo a única filha da rainha, que morreu há algum tempo, é a herdeira do trono e terá que reivindicar a coroa para si.

    Em seu décimo nono aniversário, a guarda da rainha vai até a cabana onde ela viveu por muitos anos afim de levá-la de volta ao reino ao qual está destinada a governar. Mas isso não vai ser nada fácil, pois algumas pessoas não querem de maneira alguma que ela ascenda ao trono. Começando por seu tio, o regente.

    Após muitas perseguições, lutas e sangue ela chega a fortaleza e s e depara com um reino devastado pela desigualdade e corrupção, além de estarem sob a ameaça constante do reino Mortmesne, governado pela poderosa e temida Rainha Vermelha.

    Antes de mais nada preciso dizer que esta foi um dos melhores livros que li esse ano -lógico que tem ressalvas-, mas vamos aos porquês.

    A Rainha de Tearling foi um livro que comecei com bastante expectativa. Há tempos ouvia muitos leitores comentando e recomendando. Quando a Suma anunciou o lançamento não tive outra alternativa se não conferir se o livro fazia jus a tanta hype.

    A leitura, à princípio foi bem cansativa, pois o livro possuí uma diagramação um pouco apertada e capítulos extensos. A história parecia se alongar nas partes mais desinteressantes, tudo parecia corroborar para uma leitura maçante e arrastada. No entanto  quando peguei o jeito e consegui entrar de vez na história, não teve outra. Terminei tudo numa tacada só, já lamentando por não ter a continuação em mãos.

    Nesta fantasia a autora nos apresenta a um mundo surpreendente e intrigante onde ao longa das páginas os próprios leitores vão submergindo e adentrando as ruas do reino e conhecendo a realidade de um povo sofrido e mudo . A construção nesta primeira obra é tão satisfatória que tanto os personagens quanto o universo apresentado tem profundidade.

    Falando em construção de personagens, não poderia deixar de falar a respeito de Kelsea. A garota amadurece muito a medida em que as cenas vão se desenrolando e as provações se apresentam. Nós leitores vamos acompanhando o amadurecimento da personagem e o seu caráter se mostra, sem que a autora se sente e descreva.

    Nossa  protagonista é uma garota forte, astuta e inteligente, que foge completamente dos padrões de "princesa/rainha" que encontramos em outros livros de fantasia. Ela tem uma beleza exuberante e um corpo escultural. Kelsea é morena, gordinha, apaixonado por livros e que ama comer, ou seja... como muitas de nós. Há muito tempo eu não me sentia tão representada em um livro como me senti lendo A Rainha de Tearling.

    Vale ressaltar também a relação entre os personagens. Foi uma delícia acompanhar os momentos da Kelsea com os homens da guarda da rainha. Nesses momentos eu me divertia bastante com o humor nos diálogos e a amizade, lealdade e companheirismo que se formavam.

    Bem, só me resta dizer que a leitura está ais que recomendada. Esse é mais um daqueles livros completos que além de possuir mundo e personagens incríveis, uma trama cativantes, ainda deixa lições importantes sobre força, justiça, amor e compaixão. Só me resta esperar ansiosamente pelos próximos livros.

    Classificação:





    Beijos,