20
out
2017
1922
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Stephen King

Vocês já devem estar cansados de saber o quanto eu venero o mestre Stephen King e a Netflix, não é mesmo? E hoje tivemos outra estreia, a adaptação do conto 1922 do livro Escuridão Total sem Estrelas, que por acaso é um dos meus preferidos do autor, então vamos ao veredito.
Como já dito anteriormente, o livro foi publicado a primeira vez em 2015 e é divido em quatro contos de terror psicológico onde seus personagens e suas histórias passam por momentos de "escuridão total", onde não há saída, solução ou luz no fim do túnel. E o primeiro deles é justamente 1922, onde o fazendeiro Wilfred James convence seu filho a planejarem o assassinato de sua esposa Arlette por hectares de terra herdados pelo pai dela.
Arlette não gosta da vida no campo e quer oportunidades melhores na cidade grande, já seu esposo discorda dessa ideia, seu orgulho é sua fazenda e ele está terrivelmente disposto a não perdê-la para um empresa matadoura de porcos. Ele acredita que isso o prejudicará, então seu lado conivente bota em prática a persuasão de seu filho Henry para que as coisas não dêem errado.
Ao contrário do que ele previa, acompanhamos as coisas darem muito errado para ele e Henry depois do crime. Gostaria de ressaltar dois pontos primordiais do filme, o primeiro é a escolha do elenco. Totalmente acertivo, quando li o livro imaginava os personagens nessa mesma descrição. O ator Thomas Jane faz o protagonista, Molly Parker é Arlette e Dylan Shcmit faz Henry. E suas atuações são ótimas, trazem a essência que eles devem transmitir.
O segundo ponto é a fidelidade a trama. Não percebi nenhuma mudança, apesar da minha memória ser péssima. Até os diálogos são muito parecidos ao que King criou, o que deve tê-lo deixado orgulhoso, pois o grande erro de suas adaptações são as mudanças drásticas que ocorrem nelas.
A fotografia também tem sua qualidade, mudando de tons mais calorosos quando tudo parecia bem, para tons mais sombrios quando as coisas dão definitivamente errado. Isso nos provoca a agonia e a repulsa que o filme tem que passar.
1922 é o tipo de história com poucos núcleos e personagens, que ainda sim, tem um decorrer melhor do que muitos contos. Essa é a chave, fazer muito com o pouco que tem, como vimos em Jogo Perigoso.
Senti vontade de reler o livro, que por sinal recomendo a todos os meus amigos. Porque ele é significativamente de se refletir em todos os aspectos. O peso da culpa e o remorso, as consequências das nossas piores decisões, e ainda, o que podemos fazer quando simplesmente não há mais saída?
Encontrei o que esperava, me sinto realizada como fã. Portanto, como o livro, recomendo o longa para que tirem suas próprias conclusões, para que assim possamos entender o porquê das pessoas fazerem o que fazem e quais são as consequências das mesmas.